A viagem começará na Idade Média e acabará no séc. XX, ou seja, será uma viagem rápida de 8 séculos de literatura...atravessando o Mar...com vários autores e obras da nossa literatura. E também teremos poesia musicada...
“O mar enrola na areia/ninguém sabe o que ele diz/ bate na areia e desmaia/ porque se sente feliz”. (canção infantil)
Aqui fica o poema de Miguel Torga, sobre o Mar:
Mar
Mar!
Tinhas um nome que ninguém temia:
Eras um campo macio de lavrar
Ou qualquer sugestão que apetecia...
Tinhas um nome que ninguém temia:
Eras um campo macio de lavrar
Ou qualquer sugestão que apetecia...
Mar!
Tinhas um choro de quem sofre tanto
Que não pode calar-se, nem gritar,
Nem aumentar nem sufocar o pranto...
Tinhas um choro de quem sofre tanto
Que não pode calar-se, nem gritar,
Nem aumentar nem sufocar o pranto...
Mar!
Fomos então a ti cheios de amor!
E o fingido lameiro, a soluçar,
Afogava o arado e o lavrador!
Fomos então a ti cheios de amor!
E o fingido lameiro, a soluçar,
Afogava o arado e o lavrador!
Mar!
Enganosa sereia rouca e triste!
Foste tu quem nos veio namorar,
E foste tu depois que nos traíste!
Enganosa sereia rouca e triste!
Foste tu quem nos veio namorar,
E foste tu depois que nos traíste!
Mar!
E quando terá fim o sofrimento!
E quando deixará de nos tentar
O teu encantamento!
E quando terá fim o sofrimento!
E quando deixará de nos tentar
O teu encantamento!
in "Poemas Ibéricos"
Sem comentários:
Enviar um comentário
Partilhe aqui a sua experiência de leitura.