segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O Tejo ficou mais bonito




As faluas das povoações ribeirinhas dio Tejo como Alcochete, Moita e Vila Franca associaram-se à inauguração do novo Cais das Faluas do Montijo no sábado passado. O Tejo ficou mais colorido e fez brilhar os olhos de todos os amantes do rio, dos mais antigos aos mais novos.Esperamos que a mudança se estenda a outras povoações à beira-tejo.

Flamingos no Tejo


Uma imagem cada vez mais habitual no estuário do nosso belo rio Tejo. Os flamingos são aos milhares e já não nos querem abandonar. É caso para dizer que vieram para ficar contra tudo e contra todos....

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Reflectindo sobre educação

Um dos objectivos da educação dos nossos dias é conseguir indivíduos livres. Esse desiderato foi entregue à escola, pois é um dado adquirido que grande parte das famílias não consegue cumprir uma das funções que, durante muito tempo, foi seu apanágio: o de formar os seus jovens. No nosso tempo, cabe à escola a dupla missão de formar e educar. Esse ónus de que a escola foi incumbida torna o espaço escolar e, por abrangência, todos os educadores, os grandes responsáveis por tudo o que possa acontecer na formação da juventude. Deste modo, como podemos relacionar educação com liberdade? A resposta a esta questão é evidente. Só a educação pode libertar o indivíduo das amarras da ignorância e torná-lo um cidadão capaz de exercer os seus direitos em plenitude e dar-lhe poder de modo a não se tornar um alvo fácil da sociedade depradadora em que vivemos.
Um filósofo da actualidade que tem reflectido sobre as questões da educação é o espanhol Fernando Savater. A mais recente obra publicada em Portugal, intitulada O valor de Educar, da editora D. Quixote, apresenta sábias reflexões sobre o tema com as quais me identifico inteiramente. Todas as pessoas ligadas à educação sabem que nem sempre é fácil identificarmo-nos com as múltiplas concepções de educação que têm proliferado no nosso sistema de ensino. Ao ler os textos de Savater sobre educação, expostos na obra citada, não posso deixar de reflectir sobre grande parte dos males que afectam o nosso sistema educativo, também presentes no sistema espanhol, e que explicam muitas das queixas que formulamos sobre os fins da educação dos nossos tempos.
Como exemplo do que acabei de referir, seleccionei o seguinte excerto da sua obra:
" Era o que Hegel indicava quando estabelecia que ser livre não é nada, tornar-se livre é tudo". Não partimos da liberdade, mas chegamos a ela. Ser livre é libertar-se da ignorância primeira, do determinismo exclusivamente genético moldado pelo nosso ambiente e / ou social circundante de apetites e impulsos que a convivência ensina a controlar. Nenhum dos seres vivos é "livre" , se por isso entendermos capaz de se inventar totalmente a si próprio a despeito da sua herança biológica e das suas circuntâncias ambientais não pode aspirar a mais que uma melhor ou pior adaptação ao que lhe é imposto. Só nós, humanos, podemos (relativamente, sem dúvida) adaptar o noso meio ambiente às nossas necessidades em vez de simplesmente nos resignarmos a ele, compensar por meio do apoio da sociedade as nossas insuficiências zoológicas e romper as fatalidades hereditárias" (pág.98-99)