Já foi selecionado o poema que irá representar a escola no concurso a nível nacional FAÇA LÁ UM POEMA deste ano.
Trata-se de Rafael Moura, da turma B do 11º ano, com um soneto que o júri considerou destacar-se entre os vários poemas que foram apresentados a concurso.
Em inúmeras mentiras,
Me embebi contigo.
Teus olhos de safiras
Me fizeram mero mendigo.
Olhei para o abismo,
E até ele conspirava!
Abalou-me com sismo,
Disse que ninguém me amava.
Meu amor morreu,
Minha alma padeceu,
E eu fortemente chorava.
Mas, no fim me apercebi,
Que mesmo quando menti,
Teu amor me matava.
Parabéns ao Rafael! Esperemos que vença também a fase nacional!
Poema que Márcia Ferreira apresentou a concurso (10 PTOTUR)
ResponderEliminarDesaparecido
Só quero saber o motivo
De me teres abandonado
De teres partido
E de eu fazer parte do teu passado
Nunca quiseste saber
Nem nunca te preocupaste
Não consigo entender
Porque nunca me ligaste
Será que valeu a pena
Deixares de me falar?
Podes ter uma vida serena
Mas sem ninguém para te amar!
Sabes quantas vezes chorei,
A pensar em ti?
Quantas vezes pensei
Que voltarias para mim...
Já cheguei ao fim
Do meu poema inventado
Pensei que fosses um príncipe
;as revelaste-te um sapo disfarçado!
Poema que Ricardo Câmara apresentou a concurso (11ºD)
ResponderEliminarSabes quem sou
Até bem demais
Não sabes onde estou
Mas eu sei para onde vais
E das profundezas de um castelo
Sai o cabelo mais belo
Vindo de uma escada enorme
Vem a alma que me consome
Por fora é tudo
Dá a volta ao mundo
Por dentro é demais
Apesar de não sermos iguais
Cabelo liso iluminado
É terreno acidentado
Princesa do meu mundo
Rainha do meu coração
Afasta-me da escuridão
São tantas as horas
Que penso num beijo teu
Imagino que me queres
E que o teu coração é meu
É tanta a emoção
Mas digo que não é paixão
Digo que chegou ao fim
Finjo que não olho para ti
Quando o que eu quero
É que passes por mim...
Poema que Mariana Serrano apresentou a concurso (11º D)
ResponderEliminarPedido de Socorro
Passei a vida a lutar contra quem se opunha.
Agora, quando todos parecem ter deposto as armas,
Não consigo seguir o meu caminho.
Não acho que tenha perdido as forças,
Muito menos apagado o fogo.
Não tenho fé que me possa derrotar,
O meu maior demónio.
Sobrevivo numa linha ténue de opostos,
Curtos tempos iluminados por sorrisos inconstantes
Intermináveis momentos de uma fria escuridão perpétua.
Necessito do equilíbrio até agora inexistente.
Tenho sonhos em que a felicidade me assola,
Só para que possa voltar ao pânico da realidade.
Espero que o meu corpo possa aceitar o ar,
Uma necessária oferta permanente de paz.
Imploro que a deixe de ver assim
Como um desafio para começar a guerra.
Preciso respirar.
Aprender a apreciar a minha companhia.
Lidar com as vozes que não se calam,
Estas que me obrigam a reviver,
Como se as marcas deixadas não bastassem.
Quero achar-me, é algo imprescindível,
Preciso de salvar-me da minha tempestade,
Da constante indecisão que nasceu comigo,
Só não quero ser a sombra de outrem.
Salva-me.